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Solidão pode matar tanto quanto a obesidade

Levantamento com dados de quase 4 milhões de pessoas aponta que viver (ou se sentir) sozinho é bem mais prejudicial do que parece

Muito se fala sobre a prevalência e os prejuízos da obesidade. Mas uma análise apresentada na 125ª Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia alerta para outro mal pra lá de nocivo: a solidão. De acordo com os condutores do trabalho — cientistas da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos —, uma das principais ameaças nesse sentido seria o aumento do risco de morte prematura.

A pesquisa ocorreu em duas partes. Na primeira, 148 estudos foram avaliados, totalizando 300 mil pessoas. Cruzando as informações dessa turma, os experts americanos concluíram que quem cultiva bons relacionamentos interpessoais tem 50% mais chances de não falecer antes da hora em comparação aos solitários.

Já a segunda etapa considerou os dados de aproximadamente 3,4 milhões de voluntários, divididos em 70 pesquisas. Como era de se esperar, também houve uma clara relação entre a solidão ou o isolamento social e o risco de morrer antes do tempo. Mas o que intrigou os experts é o fato de esses problemas, segundo o estudo, serem tão deletérios quanto a obesidade ou outras condições sérias de saúde.

O isolamento social é definido como pouco ou nenhum contato com outros indivíduos. A solidão, por sua vez, é marcada pela falta de conexão emocional com os demais. Ou seja, é possível se sentir sozinho mesmo em meio a um mar de gente.

Durante a convenção em que essa revisão foi apresentada, a professora de psicologia Julianne Holt-Lunstad, uma de suas autoras, destacou a relevância do achado para os que estão na terceira idade, quando a falta de contato social é mais comum. Para ela, tal associação reforça a importância de investirmos em iniciativas que promovem o engajamento e a interação desse público, como centros de recreação e jardins comunitários.

Fonte: www.saude.abril.com.br

Combinação de treino de força com exercício aeróbico é a melhor opção para idosos obesos

Para pessoas obesas com mais de 64 anos, a combinação entre exercícios aeróbicos e treinamento com peso é a melhor opção para aprimorar a função física, superando os benefícios de se praticar só uma das duas formas de atividade. A conclusão é de um novo estudo publicado na revista “New England Journal of Medicine”.

Cada uma das modalidades de atividade física e a combinação das duas levou a reduções de 9% no peso corporal em um período de seis meses. Mas a combinação levou ao melhor resultado, promovendo proteção contra perda muscular e óssea e melhora da capacidade aeróbica.

O exercício aeróbico e o treinamento com peso, também conhecido como treinamento de resistência, “tem efeitos complementares em melhorar sua função física”, disse o principal autor do estudo, o médico Dennis Villareal, do DeBakey VA Medical Center, em Houston, nos Estados Unidos. “De modo geral, o paciente sente isso, e conseguimos documentar objetivamente”.

As descobertas têm um significado importante porque um terço dos adultos mais velhos dos Estados Unidos são obesos e sofrem de todos os riscos de saúde associados à obesidade. No entanto, existe uma preocupação de que a perda de peso possa torná-los ainda mais frágeis porque osso e músculo também poderiam sofrer perdas.

Os resultados sugerem que esse temor não tem fundamento.

O estudo avaliou 160 voluntários do Novo México com um IMC igual ou maior que 30, o que os coloca na categoria de obesos, que não tinham histórico de praticar atividades físicas. Do total, 141 participantes seguiram no estudo até o fim.

Os voluntários que participaram de sessões de 60 minutos de treino aeróbico ou treino com peso três vezes por semana por seis meses tiveram melhora de performance em 14%.

Já os que fizeram uma combinação das duas atividades tiveram uma melhora de 21%. “Em essência, o grupo que combinou as duas atividades.

“Todos os atletas de competição sabem que os melhores resultados vêm de uma combinação de força, resistência e treino técnico”, disse o médico Benjamin Levine, diretor do Instituto para Exercício e Medicina Ambiental em Dallas. Ele não participou do estudo. “Espero ver a continuidade do seguimento desses pacientes para ver como eles vão se sair a longo prazo, já que seis meses é um período curto.”

Fonte: www.g1.com.br