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Quais são os fatores que determinam a obesidade infantil?

No Brasil e no mundo, o número de casos de crianças acima do peso só cresce. Especialista explica os motivos que contribuem para essa verdadeira epidemia

Atualmente, umas das principais preocupações dos pais relacionadas à saúde de seus filhos é, sem dúvida, a obesidade. E eles estão certos. A obesidade infantil não só pode causar danos à saúde, como também impactar negativamente na vida psicossocial da criança, incluindo ações de bullying.

Pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que em apenas 15 anos (de 1990 a 2014), o número de casos de obesidade infantil aumentou em 10 milhões de crianças, globalmente. Hoje, a taxa é de 6,1% de toda a população na faixa etária de menos de cinco anos. Em 1990, ela era de apenas 4,8%. Na América Latina, a taxa é superior à média mundial e chega a 8%.

Segundo a Associação Brasileira de Estudos Sobre a Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), 30% das crianças e adolescentes do Brasil são obesos – o que representa 15 milhões de pessoas.

Um dos fatores mais preocupantes é que muitas soluções equivocadas têm sido adotadas e isso pode provocar problemas ainda maiores, como os distúrbios alimentares. Entre elas, destaco a adoção de dietas restritivas para crianças, nas quais são cortados alguns tipos de alimentos e ingredientes como açúcares, sal e gorduras, sem nenhuma orientação médica. Essa atitude, aplicada na fase de desenvolvimento, pode gerar sérios problemas de saúde.

Por tudo isso, é fundamental entender a grande variedade de fatores que podem causar a obesidade infantil, como a atitude dos pais na alimentação das crianças, origem genética, alimentação da mãe durante a gestação e o estilo de vida sedentário.

Estudos comprovam que a atitude equivocada dos pais é um fator de obesidade infantil muito comum. Ao forçar seus filhos a “limpar o prato” ou “comer tudo”, eles não percebem que estão contribuindo, a médio e a longo prazo, para o ganho de peso da criança. Ao impor a ingestão de quantidade de comida que ela não deseja, os pais estão anulando o processo de autoconhecimento dos pequenos, impedindo-os de entenderem os limites e mecanismos de fome e saciedade do seu organismo. Dessa forma, as crianças crescem com o hábito de comer mais do que necessitam, desencadeando o processo de ganho de peso acima da média saudável.

Também não se pode proibir. Um estudo desenvolvido pela Center for Childhood Obesity Research at Pennsylvania State University, nos Estados Unidos, comprovou que tudo que é proibido para a criança gera mais interesse. Se algum alimento que ela deseja for cortado de sua dieta, assim que ela tiver oportunidade de comer, longe dos pais, ela comerá, e em quantidade maior. No lugar da proibição é preciso existir uma educação alimentar.

Essa educação também é fundamental ao falarmos sobre a questão genética. Estudos comprovam que os riscos de uma criança crescer obesa podem variar de acordo com a incidência de sobrepeso na família. Quando nenhum dos pais é obeso, a criança tem 10% de chances de ser. Se o pai ou a mãe é obeso, as chances aumentam para 50%. Quando os dois têm obesidade, as chances sobem para 80%. Por isso, é fundamental que a criança coma de tudo, sem restrição, porém em quantidades equilibradas e nos horários certos.

Também a alimentação da mãe, durante a gestação, interfere na programação metabólica da criança, pois os primeiros 1000 dias de vida, contados a partir da concepção, são decisivos para a saúde. Inúmeras evidências indicam ser esse o período mais importante para modelar a expressão genética do indivíduo.

A atenção à alimentação começa no útero, pois tudo o que mãe come, bebe ou inala vai para o bebê. Até os seis meses de vida, uma das maneiras mais eficazes de evitar esse problema é dar o peito. O leite materno é tudo o que o bebê precisa para crescer saudável e com menor risco de se tornar obeso: água, proteínas, vitaminas, minerais e gorduras. Tudo na medida exata para o desenvolvimento da criança.

Por fim, destaco um dos mais graves fatores que é o sedentarismo. Não há nenhuma dúvida de que a falta de atividades físicas regulares faz com que  muitas crianças se tornem obesas. Sejam elas por meio de esportes, bicicletas ou dança, tudo vale para que os pequenos cresçam e se desenvolvam com peso adequado e boa saúde.

Fonte: www.bebe.abril.com.br

Mortes por tabagismo podem chegar a 7,5 mi por ano, diz OMS

Tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo

Levantamento da Organização Mundial da Saúde aponta que, em 2020, o número de mortes causadas pelo tabagismo será de 7,5 milhões. De acordo com a organização, o hábito de fumar é a principal causa de morte evitável no mundo. Em 2011, o fumo foi responsável por cerca de 6 milhões de mortes por ano.

Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013 revelou que 21,9 milhões (15%) de brasileiros maiores de 18 anos eram usuários de produtos derivados do tabaco. Além disso, o uso de produtos de tabaco fumado era mais frequente do que o de produtos não fumados, como o rapé, sendo mais relevante o cigarro industrializado.

E é na adolescência que, na maioria dos casos, o hábito é estabelecido, de acordo com o IBGE. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), de 2015, revelou que 18,4% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental já haviam experimentado algum tipo de cigarro. Na mesma publicação, 26,2% dos estudantes tinham, pelo menos, um dos pais fumantes.

Pesquisa Especial de Tabagismo

Desde 2008, o IBGE está engajado na luta contra o fumo no Brasil, com o início da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), que aperfeiçoou o questionário do Center for Disease Control and Prevention, continuado na PNS 2013.

Fonte: www.brasil.gov.br/saude

Álcool pode ser mais prejudicial para as mulheres

Estudo sugere que, especificamente no sexo feminino, as bebidas alcoólicas estão associadas a maiores níveis de açúcar no sangue, indicativo do diabetes

O abuso de cerveja, vinho e afins não faz bem para ninguém — mas, pelo menos quando o assunto é diabetes, parece que a ala feminina sofre ainda mais.

O alerta veio da Universidade de Umeå, na Suécia, onde pesquisadores acompanharam 897 pessoas dos 16 aos 43 anos.

Ao final desse período, os voluntários tiveram a glicemia (açúcar circulante no sangue) medida e preencheram um questionário sobre a quantidade de álcool que costumavam tomar.

As mesmas perguntas foram respondidas aos 18, 21 e 30 anos.

De modo geral, constatou-se que os homens ingeriam mais bebidas alcoólicas e apresentaram uma glicemia maior em comparação às mulheres.

No entanto, foi somente nelas que os cientistas notaram a relação entre um consumo alto e uma quantidade maior de açúcar no sangue após os 40 anos.

Aqui, cabe lembrar que taxas dessa substância cronicamente elevadas definem a presença do diabetes.

Ainda não se sabe por que o organismo feminino reage de maneira diferente aos drinques.

“O etanol, porém, já foi ligado à resistência insulínica em outros trabalhos por favorecer o acúmulo de gordura no fígado”, destaca o endocrinologista João Eduardo Salles, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Nesse sentido, tão importante quanto a moderação nas doses é adotar bons hábitos, como seguir uma dieta saudável e praticar atividade física regularmente.

Uma noitada por mês regada a quatro ou mais latinhas de cerveja com 5 a 6% de teor alcoólico já extrapolaria o limite mensal observado, que fica na casa dos 48 gramas de etanol segundo o experimento em questão.

Mas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as pessoas deveriam evitar ingerir mais de 30 gramas de álcool por dia.

Fonte: www.exame.abril.com.br

 

Principais mitos sobre a vacinação

Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) divulgaram alguns dos principais mitos e fatos sobre as vacinas
Mito: As vacinas têm vários efeitos colaterais prejudiciais e de longo prazo que ainda são desconhecidos. A vacinação pode ser até fatal.
Explicação: a maioria das reações são geralmente pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. Embora qualquer lesão grave ou morte causada por vacinas seja relevante, os benefícios da imunização superam em muito o risco, considerando que muitas outras lesões e mortes ocorreriam sem ela.
Mito: As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar.
Explicação: embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Programas de vacinação bem-sucedidos, assim como as sociedades bem-sucedidas, dependem da cooperação de cada indivíduo para assegurar o bem de todos.
Mito:A influenza é apenas um incômodo e a vacina para a doença não é muito eficaz.
Explicação: a influenza é uma doença grave que mata de 300 mil a 500 mil pessoas a cada ano em todo o mundo. Mulheres grávidas, crianças pequenas, pessoas idosas com pouco acesso à saúde e qualquer um que possua uma condição crônica, como asma ou doença cardíaca, estão em risco mais elevado para uma infecção severa, que pode levar à morte. A vacinação de gestantes tem o benefício adicional de proteger os recém-nascidos (não há atualmente nenhuma vacina contra a influenza para bebês menores de seis meses).
Mito: É melhor ser imunizado por meio da doença do que por meio de vacinas.
Explicação: as vacinas interagem com o sistema imunológico para produzir uma resposta imunológica semelhante àquela produzida pela infecção natural, mas não causam a doença ou colocam a pessoa imunizada em risco de possíveis complicações.
Mito: Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças desaparecerem – vacinas não são necessárias.
Explicação: as doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os programas de imunização sejam interrompidos. Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estamos. Se as pessoas não forem vacinadas, doenças que se tornaram raras, como a poliomielite e o sarampo, reaparecerão rapidamente.
Fonte: www.unimed.coop.br

Doenças relacionadas ao excesso de peso não ameaçam apenas obesos, diz estudo

Pessoas que não são obesas podem correr riscos de morte por doenças relacionadas ao excesso de peso, aponta um novo estudo.

Das 4 milhões de pessoas que morreram em 2015 por causas associadas ao sobrepeso, 40% não eram consideradas clinicamente obesas.

O estudo mostra também que mais de 2 bilhões de crianças e adultos sofrem problemas de saúde ligados ao sobrepeso, incluindo diabetes tipo 2, doenças coronárias e câncer.

Mas uma parte significativa dessas pessoas tinha um Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 30, limiar a partir do qual a pessoa é considerada obesa.

Segundo o estudo, publicado na revista científica New England Journal of Medicine, as descobertas revelam uma “crescente e perturbadora crise de saúde pública global”.

“As pessoas que ignoram o ganho de peso fazem isso por sua conta e risco – risco de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, entre outras”, diz Christopher Murray, autor do estudo e diretor do Instituto de Métrica e Avaliação para a Saúde (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

“Aquelas resoluções mais ou menos sérias de Ano Novo para perder peso devem se tornar compromissos para todo o ano”, aconselha.

O estudo, que analisou dados de 195 países e territórios por um período de 35 anos, de 1980 a 2015, diz que 30% da população mundial – ou 2,2 bilhões de crianças e adultos – estão com excesso de peso.

Isso inclui aproximadamente 108 milhões de crianças e mais de 600 milhões de adultos que têm um IMC maior do que 30 e são, portanto, considerados clinicamente obesos.

‘Amor pelo açúcar’

A obesidade se tornou uma epidemia mundial – a população de obesos dobrou em 70 países desde a década de 1980.

Os Estados Unidos têm o maior nível de obesidade entre adultos e crianças (13% da população).

O Egito lidera o ranking de adultos obesos – 35% da população está nessa situação.

Em entrevista no ano passado ao jornal britânico The Guardian, Randa Abou el Naga, pesquisador na Organização Mundial de Saúde, atribuiu o problema no Egito à falta de “exercícios físicos vigorosos”, enquanto a nutricionista Sherine el Shimi citou o “amor” do egípcio pelo açúcar.

O relatório também mostrou que a taxa de obesidade está aumentando mais rapidamente entre crianças do que entre adultos.

A China e a Índia têm os maiores números de crianças obesas, com 15,3 milhões e 14,4 milhões, respectivamente.

“O problema não está relacionado exclusivamente à renda ou riqueza”, diz o estudo. “A maior disponibilidade e acessibilidade a produtos densos em energia, além do forte marketing, podem explicar o excesso de peso em diferentes populações”, acrescenta.

As menores taxas de obesidade estão em Bangladesh e no Vietnã. Apenas 1% da população desses países é obesa.

“O excesso de peso corporal é um dos problemas mais desafiadores de nossos tempos, afetando uma a cada três pessoas”, diz Ashkan Afshin, coautor do estudo e professor de Saúde Global no IHME.

Os autores destacam a necessidade de uma intervenção para reduzir a prevalência de um alto IMC e suas consequências.

Fonte: www.bbc.com/portuguese