Combinação de treino de força com exercício aeróbico é a melhor opção para idosos obesos
Para pessoas obesas com mais de 64 anos, a combinação entre exercícios aeróbicos e treinamento com peso é a melhor opção para aprimorar a função física, superando os benefícios de se praticar só uma das duas formas de atividade. A conclusão é de um novo estudo publicado na revista “New England Journal of Medicine”.
Cada uma das modalidades de atividade física e a combinação das duas levou a reduções de 9% no peso corporal em um período de seis meses. Mas a combinação levou ao melhor resultado, promovendo proteção contra perda muscular e óssea e melhora da capacidade aeróbica.
O exercício aeróbico e o treinamento com peso, também conhecido como treinamento de resistência, “tem efeitos complementares em melhorar sua função física”, disse o principal autor do estudo, o médico Dennis Villareal, do DeBakey VA Medical Center, em Houston, nos Estados Unidos. “De modo geral, o paciente sente isso, e conseguimos documentar objetivamente”.
As descobertas têm um significado importante porque um terço dos adultos mais velhos dos Estados Unidos são obesos e sofrem de todos os riscos de saúde associados à obesidade. No entanto, existe uma preocupação de que a perda de peso possa torná-los ainda mais frágeis porque osso e músculo também poderiam sofrer perdas.
Os resultados sugerem que esse temor não tem fundamento.
O estudo avaliou 160 voluntários do Novo México com um IMC igual ou maior que 30, o que os coloca na categoria de obesos, que não tinham histórico de praticar atividades físicas. Do total, 141 participantes seguiram no estudo até o fim.
Os voluntários que participaram de sessões de 60 minutos de treino aeróbico ou treino com peso três vezes por semana por seis meses tiveram melhora de performance em 14%.
Já os que fizeram uma combinação das duas atividades tiveram uma melhora de 21%. “Em essência, o grupo que combinou as duas atividades.
“Todos os atletas de competição sabem que os melhores resultados vêm de uma combinação de força, resistência e treino técnico”, disse o médico Benjamin Levine, diretor do Instituto para Exercício e Medicina Ambiental em Dallas. Ele não participou do estudo. “Espero ver a continuidade do seguimento desses pacientes para ver como eles vão se sair a longo prazo, já que seis meses é um período curto.”
Fonte: www.g1.com.br