Posts

5 sugestões para deixar o lanche dos diabéticos mais saudável

Evite ficar muito tempo em jejum para não sofrer com a indesejável hipoglicemia

Depois de dicas espertas e saborosas para o café da manhã, almoço e jantar dos diabéticos, chegou a vez do lanche. Afinal, pequenas mudanças no cardápio podem fazer uma grande diferença na saúde de quem tem essa doença.

Alimentação não é sinônimo de proibição, mas de inclusão de itens simples e saudáveis”, opina a nutricionista e chef Flora Spolidoro, da Day by Diet, em São Paulo.

Ao seguir as dicas abaixo, você vai ver que “sucumbir” ao apelo da fome no meio da tarde não significa um descuido com seu corpo. Pelo contrário! Olha só:

Sucos por água aromatizada

A sugestão da nutricionista Renata Juliana da Silva, da Universidade de São Paulo (USP), é enriquecer a água mineral com frutas frescas (laranja, limão, lichia, kiwi…), ervas aromáticas (menta, hortelã e erva-doce), raízes (gengibre) e especiarias (anis, cravo e canela em pau). Além de ser uma alternativa ao suco, a mistura hidrata e dispensa o uso de açúcar ou adoçantes. Faça um rodízio com os ingredientes de sua preferência para não enjoar.

Barrinha de cereais por mix de oleaginosas

Algumas marcas de barras de cereal carregam no açúcar e no sódio e, pra piorar, apresentam poucas fibras. Ao optar por um mix de castanhas, amêndoas e nozes, você garante antioxidantes e gorduras que atuam em prol do coração. Mas contente-se com um punhado, já que esses itens são calóricos.

Bolacha recheada por mix de frutas desidratadas

Os biscoitos com recheio estão entre os produtos que ainda podem concentrar gordura trans – ou, como substituta dela, a versão saturada. Então, a dica é trocá-los por frutas secas, caso do damasco e da uva-passa, que entregam minerais como zinco, aliado da imunidade. O único senão é o grande aporte de calorias.

Tapioca com manteiga por tapioca recheada com queijo magro

A massa é, basicamente, fonte de carboidrato – nada muito diferente do pão branco. Para tornar a tapioca uma opção bacana, o segredo é caprichar na qualidade do recheio. Queijos magros, caso do cottage, e frutas picadas são exemplos de ótimos parceiros para equilibrar a glicemia.

Fonte: https://saude.abril.com.br

 

 

Pesquisas indicam que dieta menos calórica pode retardar efeitos do envelhecimento

Estudos mostram que mudança na alimentação ajuda a conter alterações no relógio biológico

Se fosse possível tornar real um elemento das histórias fantásticas, muita gente escolheria a fonte da juventude. Com os avanços da medicina, no entanto, isso talvez não seja mais necessário. Estudos desenvolvidos nos Estados Unidos e na Espanha mostram que uma dieta 30% menos calórica pode reduzir o envelhecimento por atuar positivamente sobre o relógio biológico.

Para estabelecer conexões entre o relógio biológico e o envelhecimento, os cientistas do Centro de Epigenética e Metabolismo da Universidade da Califórnia analisaram o tecido do fígado de dois grupos de camundongos aos seis meses e aos 18 meses de vida. O fígado foi o órgão escolhido por atuar na distribuição de energia do organismo.

Após o procedimento, os cientistas constataram que, embora o ciclo de 24 horas do sistema metabólico geral controlado pelo relógio biológico não tenha sofrido alterações nas duas fases da vida dos roedores, houve mudanças significativas no tecido do fígado: as células mais antigas do órgão processavam a energia de forma ineficiente. Depois, os médicos observaram outro grupo de camundongos submetidos a uma dieta 30% menos calórica, e ao fim de seis meses perceberam que a energia foi processada de forma mais estável, retardando o envelhecimento.

— Na verdade, a restrição calórica funciona rejuvenescendo o relógio biológico de uma maneira muito poderosa. Neste contexto, um bom relógio significava um bom envelhecimento — afirma Paolo Sassone-Corsi, diretor do centro de Epigenética e Metabolismo.

Funções inalteradas ao longo do tempo

Experimento parecido foi realizado por médicos do Instituto de Pesquisa em Biomedicina de Barcelona, mas, dessa vez, as estruturas analisadas foram células-tronco da pele de ratos. Assim como no estudo da Universidade da Califórnia, os cientistas espanhóis perceberam que a redução calórica fazia com que as funções rítmicas de estruturas relacionadas ao rejuvenescimento permaneceram inalteradas ao longo do tempo.

— A dieta com baixas calorias contribui muito para prevenir os efeitos do envelhecimento fisiológico. Comer menos parece evitar o envelhecimento dos tecidos e, portanto, evitar que as células-tronco reprogramem suas atividades circadianas— explica Salvador Aznar Benitah, que liderou o estudo espanhol.

Entre os mecanismos para reduzir o consumo de calorias na alimentação, os médicos apontam mudanças como a substituição de frituras por alimentos cozidos, além do aumento do consumo de frutas e vegetais em detrimento de comidas ricas em carboidratos como pães.

Para o médico Walmir Coutinho, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, é necessária uma mudança de hábitos:

— Há algum tempo se sabia que a restrição calórica era eficaz para aumentar a sobrevida, mas o motivo não era conhecido — analisa. — Esses estudos apontam para a relação com o ritmo circadiano e, assim, o que a pessoa pode tentar fazer é não sucumbir às armadilhas do meio ambiente moderno obesogênico, que conspira cada vez mais para todos ficarem com excesso de peso. Isso também depende de uma postura mais ativa das autoridades.

Fonte: www.oglobo.com

Brócolis e fibras: como alimentos ajudam no tratamento de diabetes

A dieta é fundamental para o controle de quem tem diabetes do tipo 2

No entanto, o cuidado não está apenas na redução da ingestão de açúcares, estudos mostram que a inclusão de certos alimentos tem resultado efetivo no tratamento no tratamento da doença. Entre os alimentos recomendados estão brócolis, couve, repolho e outros alimentos ricos em fibras.

Estudo recente publicado na revista Science Translation Medicine endossa essa tese, identificando no brócolis como um “remédio” efetivo no tratamento do diabetes do tipo 2.

A pesquisa, realizada com ratos e humanos, mostrou que o brócolis tem um composto (glucorofanina) que o corpo transforma em sulforafano, e esse antioxidante reduz a produção de glicose pelo fígado. A atuação desse composto seria semelhante à de um dos medicamentos mais usados no tratamento de diabetes, a metformina.

O mesmo composto químico pode ser encontrado em outros alimentos da mesma família, como a couve, a couve-flor, couve-de-bruxelas, repolho e folhas de mostarda, explica Maristela Strufaldi, nutricionista da Sociedade Brasileira de Diabetes.

O diabetes atinge 9 milhões de brasileiros, segundo Pesquisa Nacional de Saúde de 2015, com maior prevalência na população a partir dos 60 anos. E o tipo 2, relacionado à alimentação e obesidade, é o tipo mais comum.

Colocando no cardápio

A nutricionista Carolina Guerini, professora da Universidade Federal do Rio Grande Sul, estudou em seu doutorado os efeitos do sulforafano. Segundo ela, outros estudos já haviam apontado a eficácia do composto na prevenção do desenvolvimento de câncer, “especialmente de intestino”.

“Sabe-se que pessoas que comem um prato de sobremesa de brócolis de 3 a 4 vezes por semana têm uma prevalência mais baixa de doenças crônicas, como o câncer. E a quantidade de sulforafano contida neste pratinho é mais ou menos semelhante à do presente no estudo”.

No estudo mais recente, os cientistas norte-americanos utilizaram extrato de broto de brócolis em cápsula. “O brócolis cozido tem uma biodisponibilidade maior. Não precisa estar hipercozido, uma leve cocção já deixa ele no melhor ponto de absorção desse composto pelo nosso corpo”, diz Guerini.

A fritura, por outro lado, não é recomendada, já que alimentos antioxidantes são sensíveis a altas temperaturas e perdem suas propriedades.

Fibras para que te quero!

Alimentos ricos em fibras, como lentilha, grão-de-bico, aveia e frutas, também são importantes na prevenção e no tratamento do diabetes do tipo 2.

As fibras fazem com que haja a diminuição da absorção de gordura dos alimentos, ajudando o indivíduo a manter um peso saudável. Já no tratamento, de acordo com Guerini, “a fibra lentifica a absorção do carboidrato, fazendo com que com que a glicemia não se eleve tanto”.

Além disso, elas ajudam a regular a flora intestinal –e é no intestino que é transformada boa parte da glucorafanina em sulforafano, após a ingestão do alimento. De acordo com estudos, a ingestão diária de 30 a 35g de fibras pode reduzir a incidência de diabetes do tipo 2. Uma maçã de tamanho médio tem cerca de 4,5g de fibras, ao passo que uma porção de 100g de grão-de-bico contém, em média, 17g de fibras.

Alimentação saudável

Para a endocrinologista Silmara Leite, a descoberta corrobora a importância da alimentação no tratamento. “Podemos entender melhor agora porque os pacientes diabéticos que tinham uma alimentação balanceada com grande presença de crucíferas no cardápio tinham uma reposta superior àqueles que não tinham esses alimentos na dieta”.

De acordo com a IDF (Federação Internacional do Diabetes), um estilo de vida saudável pode prevenir em pode prevenir em até 70% o diabetes 2.

Strufaldi lembra que não basta incluir o brócolis no prato, é preciso seguir uma alimentação balanceada. O ideal é que a dieta seja rica em vegetais, legumes e frutas, castanhas e carnes brancas.

Fonte: www.uol.com.br