Exercício importa mais que ter bom colesterol

A atividade física neutraliza os efeitos nocivos de baixos índices de HDL, a partícula que remove a gordura das artérias

O aumento na concentração da molécula que faz uma faxina nos vasos é uma das vantagens dos esportes. “Mas isso nem sempre ocorre”, lamenta Gary O’Donovan, epidemiologista da Universidade Loughborough, na Inglaterra. E aí? Nesses casos mais resistentes, nem adianta investir em pedaladas ou caminhadas? Nada disso.

Com base em dados de mais de 37 mil britânicos, O’Donovan só observou uma associação entre taxas reduzidas do colesterol bom e uma maior mortalidade nos sujeitos que se mexiam menos de 150 minutos por semana. “Mesmo sem elevar a taxa de HDL, uma vida ativa pode aprimorar sua função”, diz o expert. É como se você deixasse essa partícula mais ágil para varrer a gordura e, assim, evitar entupimentos por trás de infarto e AVC.

A relevância do HDL

Em comparação com quem se exercita, um sedentário com HDL normal corre um risco 37% maior de morrer precocemente. Já entre os sedentários com HDL baixo, esse risco sobe para 65%.

Além do colesterol

O trabalho inglês ainda reforça que a movimentação está ligada a quedas na pressão, no peso, na glicemia… Ou seja, ela supera vários oponentes do peito. Daí porque é dificílimo vislumbrar uma pílula que substitua o esporte.

Glossário cardiovascular

LDL
É o chamado colesterol ruim, que deposita a gordura nas artérias. O esforço físico reduz seus níveis.

HDL
Ele transporta substâncias que obstruem os vasos para o fígado. Malhar aumenta sua quantidade e eficiência.

Triglicérides
É uma gordura que, em excesso, trava o fluxo sanguíneo. Ao suar a camisa, você derruba esse índice em 20%.

Fonte: www.saude.abril.com.br

Compare mel, açúcar branco e açúcar mascavo

Dessa vez o placar não deixa dúvida. O açúcar mascavo e o mel ganham o ouro e a prata. Mas, de acordo com Catharina Paiva, nutricionista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, moderar é palavra de ordem — a despeito da fonte de doçura. Apesar de mais nutritiva, a dupla vencedora também promove picos de glicose no sangue, o que bagunça o organismo.

E atenção: ainda que o açúcar mascavo carregue mais cálcio, por exemplo, não chega a ser uma quantidade tão expressiva a ponto de considerá-lo um aliado dos ossos. O mel, por sua vez, se diferencia por apresentar fitoquímicos, substâncias de ação antioxidante e antimicrobiana.

“Só que o teor varia de acordo com a fonte floral da qual ele é derivado, espécie de abelha e temporada”, pondera Catharina. Embora existam diferenças na composição dos três ingredientes, não dá pra esquecer que eles são, acima de tudo, redutos de calorias e carboidratos.

Energia
Mel: 61 cal
Açúcar mascavo: 73 cal
Açúcar branco: 77 cal

Magnésio
Açúcar mascavo: 16 mg
Mel 1,2: mg
Açúcar branco: 0,2 mg

Carboidratos
Mel: 16 g
Açúcar mascavo: 18 g
Açúcar branco: 20 g

Ferro
Açúcar mascavo: 1,6 mg
Mel: 0,06 mg
Açúcar branco: 0,02 mg

Cálcio
Açúcar mascavo: 25,4 mg
Mel: 2 mg
Açúcar branco: 0,8 mg

Potássio
Açúcar mascavo: 104 mg
Mel: 19 mg
Açúcar branco: 1,2 mg

Placar SAÚDE

Açúcar mascavo 4 x mel 2 x açúcar branco 0

(Os valores se referem a 20 gramas de cada alimento – o equivalente a uma colher de sopa)

Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco/Unicamp) – www.saude.abril.com.br

 

9 dúvidas sobre quimioterapia para tratar câncer de mama

Iniciar o tratamento da doença pode trazer à tona diversas questões. Confira o que a Dra. Juliana Pimenta diz sobre algumas delas!

O Outubro Rosa chega todo ano para lembrar que a conscientização da prevenção e do diagnóstico do câncer de mama e o apoio a quem está passando pelo tratamento da doença precisam estar presentes a todo momento.

Por mais que o assunto seja tratado nas mais diversas frentes, há sempre algo novo para se aprender e dúvidas para sanar, principalmente quando se está na fase inicial do câncer.

O tratamento pode nem sempre envolver a quimioterapia, uma vez que a aplicação desse procedimento depende da decisão do especialista, que analisa as características de cada tumor e indivíduo. No entanto, caso o caminho a seguir seja esse, não é preciso se desesperar.

A quimioterapia é um dos potencializadores das chances de cura e pode ser feita antes ou depois da cirurgia de retirada do tumor. No primeiro caso, pode contribuir para a redução das células cancerígenas, o que bloqueia seu aumento. No segundo, não se pode ultrapassar três meses da cirurgia. Independentemente do momento escolhido, a recomendação é iniciar o quanto antes.

Para entender melhor o processo que acontece durante o tratamento da doença, a Dra. Juliana Pimenta, oncologista do Hospital Beneficiência Portuguesa, listou 9 dúvidas que as mulheres geralmente têm ao se falar de quimioterapia.

O cabelo realmente cai?

A queda de cabelo vai depender bastante do tipo de quimioterapia que a paciente vai receber. No geral, é uma realidade muito presente durante esse período, mas o que a mulher precisa pensar é que a situação vai se normalizar após o término do tratamento. No início, é comum o cabelo voltar a crescer com textura e cor diferentes do que a de costume. Aos poucos, tudo vai voltar ao normal.

Terei náuseas e vômitos o tempo todo?

Atrelado à quimioterapia, são oferecidos tratamentos potentes que ajudam no combate destes sintomas. Não deve ser mais um motivo de preocupação como no passado, hoje as opções para controle desse mal-estar são bem efetivas.

O que posso ou não comer?

Alimentos que são bons para o coração geralmente também são considerados importantes durante o tratamento do câncer. Manter uma dieta equilibrada é essencial nesse período, inclusive pela importância do controle do peso, fundamental para quem está em terapia. Bastante fruta, chá verde, brócolis e legumes em geral são indicados, enquanto se deve evitar excesso de gordura e açúcar, carne vermelha e alimentos industrializados.

Posso fazer atividades físicas?

Qualquer tipo de atividade física do gosto da mulher está liberado desde que haja uma permissão do mastologista e do cardiologista. Entretanto, o retorno se dá por meio de caminhadas, atividades e musculação mais moderada. Importante ter atenção ao lado do braço em que foi realizada a cirurgia. A prática de atividade é recomendada também para controle do peso e no combate do reaparecimento do tumor.

O que pode mudar no meu corpo?

Um dos primeiros efeitos da quimioterapia pode ser o ganho de peso, mas que precisa ser evitado. Alteração da unha – mais fracas e quebradiças – e ressecamento da pele, são mudanças comuns durante esse período. Então não é momento para pânico. Também é importante evitar exposição excessiva ao sol, para não causar manchas na pele.

Há alguma restrição quanto ao sexo?

Não existe nenhum tipo de contraindicação para o sexo. O que pode impactar, no entanto, é a questão da libido e disposição, por fatores psicológicos e emocionais. Isso depende muito de cada indivíduo. Dois pontos que merecem atenção da mulher: aumento de infecção urinária e ressecamento vaginal. Por isso, é importante que a mulher converse bastante com o seu parceiro e também com o médico.

A quimioterapia afeta minha fertilidade?

Existe, sim, uma possibilidade de a mulher ficar infértil, só que para isso são considerados diversos fatores: idade, histórico da paciente (se já apresentou alguma dificuldade de engravidar), tipo de quimioterapia que está sendo aplicada, entre outros. É muito comum que o médico que esteja acompanhando a paciente a encaminhe para avaliação de um especialista em fertilidade, em que são consideradas alternativas dependendo de cada perfil. Congelamento de óvulo e embrião, comumente, é recomendada.

Preciso me isolar durante o tratamento?

Vida normal que segue. Nenhum paciente deverá se isolar de hábitos comuns. Atividades do dia a dia podem ser realizadas. O que se pede, no entanto, é que sejam evitados lugares com aglomerações de pessoas, como shows, por exemplo. Também se recomenda uma certa restrição com profissionais da saúde dentro do ambiente hospitalar, pois estão mais expostos a vírus e infecções, assim como com pessoas sabidamente com doenças infectocontagiosas.

Posso conviver com animais de estimação?

Se existe qualquer tipo de preocupação em não conviver mais com o pet, não será necessário: isso não precisa e não deve acontecer. É recomendado uma certa restrição em relação a alguns hábitos comportamentais. Por exemplo, evitar de dormir abraçada, dar e receber beijo dos pets. O contato precisa ser dosado em decorrência da imunidade baixa e a possibilidade de contrair infecções.

Fonte: www.claudia.abril.com.br

Por dentro do azeite: fuja das fraudes

Análises recentes indicam que há muito produto fraudado no Brasil. Saiba como evitar enganações

No sul da Europa, ele é conhecido como ouro líquido. Nada mais justo. Trata-se da principal fonte de gordura dentro da festejada dieta mediterrânea, composta ainda por pescados, vegetaisnozes e castanhas. O ponto é que não falamos de uma gordura qualquer. “O azeite é rico em ácido oleico, um tipo monoinsaturado que dá estabilidade ao produto e proporciona diversos benefícios à saúde”, destaca Juliano Garavaglia, doutor em biologia celular e professor das universidades Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul.

Entre os efeitos clássicos desse nutriente estão a capacidade de baixar o colesterol LDL, que ameaça as artérias, e alavancar o HDL, considerado vantajoso. Mas pesquisadores do Hospital del Mar, em Barcelona, na Espanha, descobriram que a história vai além. Eles selecionaram quase 300 pessoas com alto risco cardíaco e as separaram em três grupos.

Dois seguiram a dieta mediterrânea clássica — uma era turbinada com azeite de oliva e a outra, com oleaginosas. A terceira turma foi orientada a maneirar na carne vermelha, nos itens processados, em lácteos gordurosos e doces. Depois de um ano, só quem usou quatro colheres de sopa de azeite por dia viu o HDL atingir outro patamar de qualidade.

A molécula se mostrou muito mais hábil para remover colesterol dos vasos e evitar a oxidação da versão LDL, o ponto de partida para a formação de placas nas artérias. Ocorre que a gordura boa não é o único trunfo do suco da azeitona. De acordo com Paulo Freitas, engenheiro de alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (SP) e degustador profissional do produto, o fato de ele não passar por refino também o torna uma bela fonte de vitaminas e polifenóis. Estes são reconhecidos por sua função antioxidante, o que ajuda a explicar não só a defesa do HDL — e a garantia de sua boa atuação — como outras tantas benesses ao organismo creditadas ao alimento.

O azeite extravirgem, com maior teor dos tais polifenóis, anda surpreendendo lá para as bandas da cabeça. Em estudo com cobaias, o oleocantal, uma dessas substâncias, incitou a limpeza das proteínas beta-amiloides. Isso é animador porque, com o tempo, elas formam emaranhados capazes de destruir os neurônios — uma das hipóteses que explicam o estrago do Alzheimer.

Outro elemento que tem exibido potencial de debelar males neurodegenerativos atende pelo nome de hidroxitirosol. A combinação de antioxidantes ainda coloca o alimento na posição de aliado contra diabetes, osteoporose e até alguns tipos de câncer. A verdade é que, em termos de saúde, não faltam motivos para transformar o óleo da azeitona no rei da cozinha.

O lado infeliz: nem tudo que reluz dentro das garrafas é o azeite que a gente espera. Neste ano, pelo menos dois testes acusaram que o mercado está lotado de produtos fraudados. Uma das análises foi feita pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Proteste, enquanto a outra leva a assinatura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (veja mais detalhes nos números da página à direita). Em ambas, dois problemas graves sobressaíram.

O primeiro foi a presença de azeite lampante, permitido apenas para uso industrial. “Ele tem muitos defeitos ligados a deterioração e conservação”, define o olivicultor Guajará Oliveira, presidente da Associação Rio-Grandense de Olivicultores. “Para uma marca ofertá-lo ao consumidor, precisa antes corrigir suas imperfeições. Ou seja, deve refiná-lo”, explica a auditora Fatima Parizzi, coordenadora-geral no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura. Feito isso, o óleo pode ser comercializado como azeite de oliva — e só. Nada de virgem ou extravirgem. Mas não é o que se vê por aí. Para piorar, esse líquido cheio de falhas costuma ser misturado a outros óleos vegetais, como de soja, milho e girassol, o que nos deixa diante do segundo problema.

Para Rita Bassi, presidente da Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira, é necessário desconfiar de preços baixos. A técnica Juliana Dias, representante da Proteste, concorda. “Azeite custa caro, até porque é importado”, justifica.

Hoje, ela entende que um item de menos de 10 reais provavelmente não merece ir para casa. Ainda bem que o Ministério da Agricultura está empenhado em fiscalizar e punir as marcas fraudulentas. Tanto que 850 mil litros de “azeite” foram retidos por estarem fora dos padrões ou com rotulagem irregular — quando se destaca a presença de azeite, só que vemos, em letras pequenas, que é tempero, ou seja, uma mistura.

“O fato de nem sempre conseguirmos confiar na qualidade do produto dificulta a prescrição, mas não pode ser um empecilho para seu consumo”, reflete a nutricionista Flávia Galvão Cândido, pesquisadora da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Para ela, os profissionais de saúde precisam estar bem informados para recomendarem as marcas idôneas. E, obviamente, o consumidor deve revirar os rótulos. Vale a pena. A inclusão do verdadeiro azeite extravirgem em um contexto de dieta brasileira (desde que equilibrada) só traz ganhos.

Quem viu de perto o impacto disso foi a própria Flávia. Em estudo com mulheres acima do peso, 21 delas receberam 25 mililitros diários de azeite. Para efeito de comparação, 20 voluntárias ingeriram a mesma quantidade de óleo de soja. “Ambos foram colocados em bebidas e servidos de manhã”, explica Rita de Cássia Alfenas, orientadora da pesquisa.

Nove meses depois, as nutricionistas notaram, na turma do azeite, uma redução na pressão e um aumento de 80% na perda de gordura corporal, o que afasta um monte de doenças. Já em experiências no Hospital de Caridade de Ijuí, no Rio Grande do Sul, a nefrologista Olvânia Oliveira percebeu que incluir o produto na rotina melhora mesmo os níveis de colesterol. Sim, nos assuntos de saúde, ele não dá brecha para imitação.

Escape dos engodos

No que ficar de olho para identificar um produto de qualidade 

Data de produção

Dê preferência aos mais novos. É que, com o tempo, os polifenóis do azeite vão se perdendo.

Local de envase

O desejável é que tenha sido embalado no país de origem. Isso reduz o risco de fraudes, como inclusão de outros óleos.

Ingredientes

Na lista, deve constar apenas “azeite de oliva extravirgem”. Afinal, o produto nada mais é do que o sumo da azeitona.

Preço
Evite marcas baratas: é indicativo de misturas. E ninguém merece pagar 10 reais em óleo comum.

Tipo de recipiente

Escolha garrafas escuras e do fundo da prateleira. Sinal de que os polifenóis estão mais blindados.

Letras miúdas

Ao ler “tempero português” ou “tempero espanhol”, significa que é mistura, e não azeite puro.

Para o azeite dar show

Depois de comprar um produto confiável, existem macetes para aproveitar tudo o que ele reúne de valioso no dia a dia

A melhor hora

O ideal é caprichar no fio de azeite ao finalizar pratos quentes. Dessa maneira, os polifenóis, sensíveis ao calor, são preservados.

Em grelhados

Em altas temperaturas, parte dos antioxidantes se perde. Mas nada absurdo. Tanto que o azeite permanece mais vantajoso do que os demais óleos.

A dose ideal

Em geral, fala-se em duas colheres de sopa — ou 32 gramas. Como o azeite é uma gordura, carrega calorias. Por isso, não dá para ingerir sem limites.

Como guardar

Para evitar a oxidação mais acelerada dos polifenóis, coloque o vidro longe da luz. Aliás, esse é o melhor recipiente para o óleo.

Tempo de validade

Depende da azeitona. Mas, fechado, tende a durar mais ou menos um ano. Depois de aberto, o correto seria consumir em um ou dois meses.

Muito além da salada

• No laboratório do professor Juliano Garavaglia, o azeite foi testado com carne vermelha. A combinação agradou.
• Também há experiências promissoras na área das sobremesas, como sorvete.
• A nutricionista Rita de Cássia sugere usar o azeite no lugar de manteiga ou margarina em pães e torradas.
• Não gosta da consistência líquida? “Pode mesclá-lo a ervas e levar à geladeira”, indica Rita. Ele vira uma pastinha saborosa.

Há tipos e tipos

O título de versão mais pura e saudável vai para a extravirgem. “É basicamente o suco da azeitona”, explica Paulo Freitas. O virgem, por sua vez, tem defeitos sensoriais sutis, mas carrega os cobiçados antioxidantes. O azeite problemático é mesmo o lampante, que precisa passar pelo refino para ser oferecido nas gôndolas. Esse processo extrai tudo do produto. Então, assim como as imperfeições, vão embora aroma e sabor. “Sobra só gordura”, diz a médica Olvânia Oliveira. Pelo menos é uma gordura bem-vinda.

Fonte: www.saude.exame.com.br

 

Outubro Rosa: descubra como prevenir o câncer de mama com cinco atitudes simples

Controlar o peso, realizar o auto-exame e amamentar auxiliam na prevenção da doença

Outubro é o mês da campanha Outubro Rosa, movimento internacional criado com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção e controle do câncer de mama, que é considerado o mais comum entre as mulheres no mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em nosso país há quase 60 mil novos casos por ano de câncer de mama e o número anual de mortes gira em torno de 15 mil.

Para diminuir as chances do desenvolvimento da doença, as mulheres devem tomar alguns cuidados com a sua saúde. A ginecologista de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler, aponta cinco dicas de comportamento que auxiliam na prevenção da doença.

Controle seu peso e pratique atividades físicas – Pessoas que estão acima do peso podem produzir mais estrogênio e esse hormônio pode favorecer o aparecimento do câncer de mama;

Tenha uma alimentação balanceada – Adote uma dieta rica em frutas, vegetais, carne magra e cereais, que ajudam a regular o metabolismo. Já os produtos açucarados, industrializados e gordurosos devem ser evitados, pois além de aumentarem o peso da paciente, alteram os hormônios e desregulam as funções do corpo;

Realize o auto-exame – Tocar e observar as mamas cinco dias após o término da menstruação pode ajudar na percepção de mudanças (nódulos, secreções e alterações na cor da pele), que podem indicar algum problema;

Amamente seu filho – Durante a amamentação, a mulher deixa de sofrer as ações dos hormônios que podem causar o câncer de mama;

Atenção ao seu histórico familiar – Mulheres que tiveram casos de câncer de mama em parentes de primeiro grau devem comunicar seu médico durante as consultas e iniciar precocemente os exames preventivos.

Sobre a especialista

Dra. Maria Elisa Noriler é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010. Facebook.com/dra.mariaelisanoriler

Fonte: www.jb.com.br

Pular o café da manhã dobra o risco de arteriosclerose, diz estudo

Cientistas estudaram durante seis anos 4 mil trabalhadores de meia idade residentes na Espanha

Pular o café da manhã ou se alimentar mal ao começar o dia dobra o risco de desenvolver uma arteriosclerose, um aumento da espessura da parede das artérias que pode ser fatal, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (2).

A pesquisa, publicada na revista médica “Journal of the American College of Cardiology”, descobriu sinais de lesões causadas nas artérias antes do aparecimento de sintomas ou do desenvolvimento da doença.

Segundo os cientistas, esta descoberta poderia proporcionar uma ferramenta importante na luta contra as doenças cardiovasculares, que são responsáveis pela maioria das mortes no mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,7 milhões de pessoas morreram devido a estas patologias em 2015.”As pessoas que pulam o café da manhã regularmente têm um estilo de vida pouco saudável em geral”, disse Valentin Fuster, diretor do hospital americano Mount Sinai Heart e redator-chefe da publicação.

“Este estudo prova que se trata de um mau hábito que as pessoas podem mudar proativamente para reduzir seu risco de doença cardiovascular”, indicou.

Os cientistas estudaram durante seis anos 4 mil trabalhadores de meia idade residentes na Espanha. Deles, 25% tomavam um café da manhã rico e ingeriam ao menos 20% das calorias diárias nessa refeição.

A grande maioria (70%), porém, consumia apenas entre 5% e 20% das calorias diárias no desjejum, enquanto 3% não comiam praticamente nada ao acordar.

Este último grupo “tende a ter hábitos alimentares menos saudáveis e uma maior prevalência de fatores de risco cardiovascular”, segundo a pesquisa.

Estas pessoas também têm um maior “diâmetro corporal na altura da cintura, maior índice de massa corporal, pressão arterial mais alta, mais lípidos no sangue e níveis mais altos de glicose em jejum”, afirmou.

Usando tecnologia de ultrassom para identificar eventuais acúmulos de gordura nas artérias ou sinais precursores de doenças, os pesquisadores perceberam que as pessoas que consomem menos de 5% das calorias diárias recomendadas no desjejum têm em média duas vezes mais gordura nas artérias do que as que tomam um café da manhã de alto teor calórico.

Este risco aparece independentemente de outros fatores como o tabaco, nível de colesterol e sedentarismo.

Estudos anteriores já tinham associado um café da manhã saudável com um bom estado de saúde, peso mais baixo, regime equilibrado e menor risco de colesterol e pressão arterial altos e de diabetes.

Pular o café da manhã também já foi associado a um aumento da probabilidade de desenvolver uma doença coronária.

“Apesar de que os que pulam o café da manhã estão tentando, em geral, perder peso, com frequência acabam comendo mais e alimentos menos saudáveis no final do dia. Pular o café da manhã pode provocar desequilíbrios hormonais e alterar os ritmos circadianos”, explicou Prakash Deedwania, professor de medicina da Universidade da Califórnia, em um editorial que acompanha a publicação.

Fonte: www.g1.com.br

Infarto em mulheres: os sintomas são diferentes

O ataque cardíaco mata mais do que o câncer de mama e, no sexo feminino, suas manifestações nem sempre dão pistas de que o problema está no coração

Sintomas clássicos: são os mesmos que aparecem nos homens

  • Dor no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, o pescoço, a mandíbula, o estômago e até as costas
  • Náusea
  • Vômito
  • Suor frio
  • Desmaio

Sintomas atípicos: mais frequentes no sexo feminino

  • Enjoos
  • Falta de ar
  • Cansaço inexplicável
  • Desconforto no peito
  • Arritmia

Como surgem os sintomas

Não existe uma regra para a forma como os sinais do infarto dão as caras. Eles podem tanto se manifestar todos juntos como surgir separadamente. Isso quer dizer que a dor no peito, por exemplo, pode tanto vir acompanhada de suor frio ou vômito como aparecer sozinha.

Quando me preocupar

O fato de você sentir uma dor no peito, um enjoo ou um cansaço não significa, é claro, que se trata de um piripaque no coração. De qualquer forma, é bom ficar atenta, principalmente se você se encaixa no grupo de risco para sofrer um ataque cardíaco. “Somente por meio de exames clínicos é possível saber se a pessoa está tendo um infarto. Por isso, o ideal é que, na dúvida, o paciente vá a um hospital”, orienta o cardiologista Cesar Jardim, coordenador do Clinic Check-Up do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

Como sei se estou no grupo de risco?

Entre os fatores que aumentam a probabilidade de uma mulher sofrer um ataque cardíaco estão: hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, estresse, obesidade, histórico familiar e tabagismo. No caso desse último item, vale alertar para os casos em que o hábito de fumar é associado ao uso de pílulas anticoncepcionais. “Essa combinação é trombogênica, ou seja, propicia a formação de coágulos que podem entupir os vasos”, explica Jardim.

Outro ponto de atenção deve ser a menopausa, período em que a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos hormônios femininos, como o estrógeno. “Ele facilita a circulação do sangue pelas artérias e protege o endotélio, tecido que reveste o interior dos vasos”, esclarece o cardiologista Carlos Costa Magalhães, diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Uma vida saudável é a melhor prevenção

Além de tratar os fatores de risco – isto é, controlar a pressão, o diabetes e o colesterol, parar de fumar, perder peso… –, é fundamental adotar um estilo de vida saudável. Por isso, pratique atividade física regularmente, procure relaxar e adote uma alimentação balanceada – com muitas frutas, verduras e legumes e baixo consumo de itens ricos em sódio, nutriente que contribui para o aparecimento da hipertensão.

Fonte: www.saude.abril.com.br

 

Outubro Rosa: Câncer de mama atinge mulheres cada vez mais jovens

Campanha alerta para a necessidade do diagnóstico precoce da doença na luta pela cura: mamografias e autoexames devem fazer parte da rotina feminina

Os seios são fontes de várias simbologias em diferentes culturas. Motivo de inspiração e desejo, são também o órgão da amamentação, da feminilidade e do prazer. A mama, contudo, adoece. O câncer é o mal que mais acomete essa glândula — 28% do total de tumores —, sendo o tipo que mais provoca a morte de mulheres no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de 60 mil novos casos por ano em mulheres cada vez mais jovens. Quanto mais cedo, porém, o diagnóstico, mais chances de cura. A entidade informa que, quando descoberto no início, há 95% de probabilidade de recuperação total.

“O câncer de mama é uma patologia que, se diagnosticada precocemente, tem mais chances de ser tratada e diminui a possibilidade de tratamentos, como a quimioterapia e até a mastectomia”, explica Fernanda Salum, mastologista do Hospital Universitário de Brasília. O tratamento do câncer de mama foi uma dolorosa batalha para a coordenadora parlamentar de relações institucionais Patrícia Goulart, 52 anos, que perdeu duas irmãs para a doença. “Uma delas teve um câncer que não era compatível com o remédio, enquanto a outra apresentou sintomas muito agressivos e não teve tempo. Passei por todas as etapas, começando com o autoexame, e tenho certeza de que as medidas preventivas me fizeram estar aqui hoje”, conta.

Após quase um ano de quimioterapia e recuperação de uma mastectomia para tirar os dois seios, Patrícia finalmente se curou. Hoje, vê as cicatrizes com naturalidade e pretende tatuar flores no local da cirurgia. Nos próximos 10 anos, ela precisa de medicamentos com hormônios. “Mas agora é vida normal. Sou divorciada, saio com frequência, conheço pessoas diferentes e, sim, eu paquero. Tive vergonha, mas hoje tenho orgulho do meu novo modelo de corpo”, comenta. Os lenços que Patrícia usou enquanto estava sem cabelos foram repassados a uma amiga. Hoje, a “sacolinha da sorte” está com a sexta “dona”. “A gente passou de uma para a outra, como um símbolo de luta, mas de sorte também.”

Com o objetivo de chamar a atenção e divulgar histórias como a de Patrícia, surgiu, na década de 1990, no Estados Unidos, a campanha Outubro rosa, hoje difundida em diversos países. No Brasil, a primeira iniciativa partiu de um grupo de mulheres, em 2002, e foi marcada pela iluminação rosa do Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo — em 2 de outubro, na comemoração dos 70 anos do encerramento da revolução, o monumento ficou iluminado com a cor da campanha.

Anos mais tarde, entidades relacionadas ao câncer de mama iluminaram de rosa monumentos e prédios em diversas cidades. Aos poucos, o Brasil foi ganhado a simbólica cor em todas as capitais e o mês de outubro tornou-se símbolo da luta pela prevenção e tratamento. “A gente vê que, em outubro, aumenta a solicitação por mamografia. A fila cresce e a quantidade de exames, também”, diz Fernanda Salum. O Ministério da Saúde registra um crescimento de 35% na realização de exames, que passou de 3 milhões, em 2010, para 4,1 milhões em 2016. Até julho deste ano, foram realizados um total de 2,1 milhões de testes.

Bom humor

A jornalista Margareth Aparecida Vicente, 56, venceu a doença. Aos 50, quando se submeteu a exames de rotina, recebeu o diagnóstico do tumor, em fase inicial. Ela diz que, no começo, ficou abalada, mas depois resolveu encarar tudo com bom humor. “Eu tinha duas opções: ou fazia o tratamento de mal com o mundo, ou fazia o tratamento de bem com tudo, o que facilitaria muito a minha vida”, ressalta. “Fiquei careca, usava lenços lindos, sempre de batom, sempre de maquiagem, não parei de trabalhar”, afirma, sorridente. No caso de Margareth, os médicos fizeram uma cirurgia chamada quadrantectomia, em que é retirado somente o quadrante onde o tumor está localizado. Quando se pensa na doença, logo vem à mente a retirada total do seio, mas isso não é uma regra. “Se o câncer for pequeno e a mama, não tão pequena, a gente consegue retirar o tumor preservando o seio”, frisa Fernanda Salum.

Na luta pela cura, Margareth percebeu a dificuldade no acesso às informações sobre a doença e na forma como as mulheres lidavam com a situação. Foi então que criou o blog Mama Mia, para falar da experiência e divulgar conhecimento sobre a patologia. “Passa a ser uma missão. O meu blog é para ajudar as pessoas de maneira bem-humorada e descontraída. Eu fazia entrevistas com médicos, esclarecendo o que é mito e o que é realidade”, conta. A partir daí, a jornalista entrou para um grupo de mulheres que têm ou tiveram câncer. Hoje, é coordenadora da turma e já ajudou mais de 4 mil pessoas a passarem pela doença com a cabeça erguida. “Somos todas amigas que se amam, trabalhamos juntas para ajudar mais mulheres, compartilhamos informações que a gente não conversa com o médico, como dicas para cabelo, unha, pele”, relata.

Prevenção

Além da mamografia, o Outubro rosa alerta para a importância do autoexame. Segundo pesquisa do Inca, de 2016, 66,2% das descobertas da doença ocorrem pelas próprias pacientes. O coordenador-geral de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Fernando Maluf, ressalta a importância do autoexame, mesmo em quem tem menos de 40 anos. “A incidência em mulheres novas vem aumentando”, informa. “A mamografia anual para essas mulheres não é necessária, exceto nos casos de histórico familiar.” Segundo Maluf, uma em cada 10 mulheres tem ou vai ter o tumor. “A incidência vem crescendo entre 5% e 10% nos últimos 10 anos. A população está envelhecendo, e isso (a doença) está muito relacionada à obesidade, ao sedentarismo. Os tumores femininos talvez sejam os que mais têm apresentado crescimento”, adverte.

Os sinais do corpo

Apesar de o câncer ser uma doença, na maioria das vezes, com desenvolvimento silencioso, algumas mulheres sentem mudanças no corpo. Os sintomas incluem nódulo na mama, secreção com sangue pelo mamilo e alterações na forma ou na textura do mamilo ou da mama. O tratamento depende da fase do tumor. Pode incluir quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

“Envolve, na maioria, cirurgia e radioterapia. Em 70% dos casos, também são feitos tratamentos anti-hormonais”, explica o coordenador-geral de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Fernando Maluf. Esses procedimentos se tornam mais complicados conforme o estágio do tumor. “Quando está avançando e é agressivo, ou quando a mulher não faz acompanhamento, a taxa de cura cai para 50%, 40%.”

É consenso entre especialistas e mulheres curadas que a doença não deve ser encarada como um bicho de sete cabeças. Em 19 de outubro, é comemorado o Dia Internacional contra o Câncer de Mama, que, mais uma vez, lembra a todas de cuidar da própria saúde.“A incidência vem crescendo entre 5% e 10% nos últimos 10 anos. A população está envelhecendo, e isso (a doença) está muito relacionada à obesidade, ao sedentarismo”, Fernando Maluf, médico oncologista.

Fonte: www.correiobraziliense.com.br

5 sugestões para deixar o lanche dos diabéticos mais saudável

Evite ficar muito tempo em jejum para não sofrer com a indesejável hipoglicemia

Depois de dicas espertas e saborosas para o café da manhã, almoço e jantar dos diabéticos, chegou a vez do lanche. Afinal, pequenas mudanças no cardápio podem fazer uma grande diferença na saúde de quem tem essa doença.

Alimentação não é sinônimo de proibição, mas de inclusão de itens simples e saudáveis”, opina a nutricionista e chef Flora Spolidoro, da Day by Diet, em São Paulo.

Ao seguir as dicas abaixo, você vai ver que “sucumbir” ao apelo da fome no meio da tarde não significa um descuido com seu corpo. Pelo contrário! Olha só:

Sucos por água aromatizada

A sugestão da nutricionista Renata Juliana da Silva, da Universidade de São Paulo (USP), é enriquecer a água mineral com frutas frescas (laranja, limão, lichia, kiwi…), ervas aromáticas (menta, hortelã e erva-doce), raízes (gengibre) e especiarias (anis, cravo e canela em pau). Além de ser uma alternativa ao suco, a mistura hidrata e dispensa o uso de açúcar ou adoçantes. Faça um rodízio com os ingredientes de sua preferência para não enjoar.

Barrinha de cereais por mix de oleaginosas

Algumas marcas de barras de cereal carregam no açúcar e no sódio e, pra piorar, apresentam poucas fibras. Ao optar por um mix de castanhas, amêndoas e nozes, você garante antioxidantes e gorduras que atuam em prol do coração. Mas contente-se com um punhado, já que esses itens são calóricos.

Bolacha recheada por mix de frutas desidratadas

Os biscoitos com recheio estão entre os produtos que ainda podem concentrar gordura trans – ou, como substituta dela, a versão saturada. Então, a dica é trocá-los por frutas secas, caso do damasco e da uva-passa, que entregam minerais como zinco, aliado da imunidade. O único senão é o grande aporte de calorias.

Tapioca com manteiga por tapioca recheada com queijo magro

A massa é, basicamente, fonte de carboidrato – nada muito diferente do pão branco. Para tornar a tapioca uma opção bacana, o segredo é caprichar na qualidade do recheio. Queijos magros, caso do cottage, e frutas picadas são exemplos de ótimos parceiros para equilibrar a glicemia.

Fonte: https://saude.abril.com.br