4 apps que vão te deixar mais inteligente

Está à toa no celular? Veja se consegue superar os desafios destes apps para treinar o cérebro

Um estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, mostrou que o QI da humanidade está caindo significativamente ao longo dos anos. Segundo os especialistas, quase tudo na vida moderna, da alimentação rica em gordura saturada aos hábitos atrelados à tecnologia, é responsável por essa queda.

Se você anda meio esquecido, com raciocínio lento ou dificuldade para se concentrar, existem aplicativos fáceis de usar que prometem treinar o cérebro. Confira seis deles abaixo:

1. Lumosity
Cientistas e designers trabalham juntos para criar jogos que trabalhem suas habilidades mentais. Depois de um teste, o usuário começa com três games. Todos os dias cinco jogos são disponibilizados para treinar habilidades cognitivas. Está disponível para iOs, Android e desktop e é gratuito.

2. Elevate
Este app oferece mais de 30 opções de testes de memória, foco, matemática e outras habilidades mentais. A ferramenta ainda faz um levantamento dos resultados obtidos nos games e da performance do usuário. Está disponível para iOs e Android e é gratuito.

3. Peak
Memória, linguagem, agilidade mental e atenção. Com mais de 30 jogos, o Peak é um dos apps do tipo mais usados atualmente. Todos os dias, o usuário recebe notificações para os jogos que estão disponíveis. O app pode ser baixado em iOs e Android e é gratuito.

4. Fit Brains Trainer
Desenvolvidos por neurocientistas, os mais de 65 jogos do app ajudam a melhorar aspectos como memória, resolução de problemas, raciocínio, linguagem e até inteligência emocional. Os jogos podem ser usados em celulares iOs e Android e no computador.

Fonte: http://revistapegn.globo.com

 

 

3 maneiras de se desconectar do trabalho durante as férias

Sem morrer de aflição pelo que está ocorrendo durante sua ausência

Tirar férias faz bem para a saúde, o corpo e a mente. É a melhor forma de se renovar e diminuir o estresse. Porém, para que todos esses benefícios tenham o efeito desejado, é preciso deixar mesmo o trabalho para trás. Ao menos, estabelecer limites para que você consiga se desconectar e não passar as férias com seu celular — em vez de passar com sua família e amigos.

Sim, é difícil se desconectar. Pode ser uma questão de cultura, hábito ou mesmo vício. Mas dá para estabelecer limites. Do contrário, as chances de você voltar de férias sem nem perceber que o tempo passou e com mais estresse acumulado são altas. Em artigo publicado na Harvard Business Review, a coach norte-americana Regan Walsh dá três dicas simples para conseguir se desconectar um pouco — sem morrer de aflição pelo que está acontecendo no escritório durante sua ausência. Tudo é (principalmente nas férias) uma questão de programação e estratégia. Monte a sua e bom descanso!

Programe sua resposta automática de e-mail

Mesmo que seja impossível a você se desconectar totalmente do seu email durante as férias, programe a resposta automática avisando de sua ausência mesmo assim. Diga que você está de férias, que terá acesso limitado aos emails e a data de retorno.

“Eu tive uma cliente que está tirando suas primeiras férias em anos, mas se desligar completamente do trabalho era algo fora de cogitação para ela. Ela disse que planejou avisar às pessoas que checaria seus emails ´apenas´ duas vezes ao dia. Mas se tivesse feito isso, as pessoas acreditariam que poderiam contar com ela a qualquer hora e, quando o fizessem, esperariam por uma resposta imediata. Então, ela fez questão de falar que teria acesso limitado e em quais ocasiões eles deveriam esperar por uma resposta”, diz Regan.

Com essa decisão, ela fez um cronograma para si mesma. Decidiu checar os emails apenas uma vez no meio da semana e uma outra vez próximo do fim das férias. Respondeu as mensagens urgentes sem se sentir culpada. Ganhou liberdade para escolher quando e o que responderia durante suas férias. Ou seja, não é preciso ignorar tudo completamente. É só achar uma estratégia que funciona para você — e que não deixará os outros esperando uma resposta toda hora.

Encontre um lugar sem internet

Regan conta que um dos maiores receios de uma de suas clientes estava estritamente relacionado às notificações de email que surgiam na tela do celular. Mostravam mensagens, os acontecimentos que ela estava perdendo no escritório, o que deveria estar fazendo se lá estivesse. Mas, quando ela estava longe do celular, não ficava aflita por sua ausência. Portanto, o problema era justamente tecnológico.

O que Regan recomenda é partir de vez em quando para locais mais escondidos, onde há pouca ou quase nenhuma tecnologia e nenhum sinal Wi-Fi. “Há uma série de lugares e acampamentos, de muito sucesso, que oferecem a possibilidade de você ficar totalmente desconectado. Eles pedem para você deixar para trás todos os dispositivos quando você entra para se jogar em uma experiência mais significativa, em que você vive o momento por você e não pela tela do seu celular.” Se esse tipo de ação for muito radical para você, experimente deixar mais o celular no hotel, guardado, e estabeleça um horário único para checá-lo.

“Conta tudo”

Você voltou de férias e não sabe nem pode onde começar. Um milhão de emails a serem respondidos, diversos projetos iniciados para continuar, tarefas novas que surgiram… Por onde começar? A dica de Regan é não responder cada um individualmente. “Isso pode levar horas e, neste momento, você precisa priorizar o que fazer.” Então, antes de botar a mão na massa, peça a seus colegas para fazerem um resumo sobre tudo que aconteceu enquanto estava fora.

A partir do relato, você pode fazer uma lista analisando o que há de mais urgente, quais projetos são prioridades, quais clientes devem ser respondidos antes. Pedir uma força aos colegas não ajuda somente você a ter uma transição mais tranquila no retorno das férias, mas também mostra que você confia neles e no que fizeram enquanto você estava fora.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com

Sem açúcar, integral, será mesmo? Aprenda como ler rótulos em supermercados

Na embalagem, alguns alimentos prometem muito sabor sem prejuízos para a sua dieta: integral, “zero açúcar”, “sem gordura trans”, “diet”, “light”.

Mas são nas letras miúdas do verso que estão alguns segredos desses produtos que que podem não ser tão saudáveis assim. Para entender como não cair em pegadinhas, o UOL ouviu três especialistas que explicam por que ler a composição e a tabela nutricional dos rótulos é tão importante quanto verificar o preço e a data de validade.

“Ao comprar um produto sem olhar o rótulo, você pode ingerir uma quantidade muito maior de gordura, sódio e açúcar do que o necessário”, diz Daniela Gomes, nutróloga do HCor (Hospital do Coração).

Esses três elementos costumam ser usados para aumentar a validade e melhorar o sabor dos alimentos ultraprocessados. O problema é que, a longo prazo e associados a fatores de risco como sedentarismo e tabagismo, esses elementos aparentemente inofensivos podem causar obesidade, diabetes, hipertensão, alterações no colesterol.

De olho nas quantidades

Na tabela nutricional, o primeiro passo é olhar a porção considerada pelo fabricante. “Alguns produtos escrevem na embalagem que são isentos de algum nutriente, mas isto se refere a uma porção. Por exemplo, se estamos falando de uma bolacha recheada, talvez a porção de 3 bolachas não contenha gordura trans (na verdade contém, mas é uma quantidade mínima que não é considerada pela Anvisa), mas se a pessoa comer mais que uma mais que uma porção, pode estar consumindo uma quantidade significativa de gordura trans”, afirma a nutricionista Iara Waitzberg Lewinski.

Além disso, ao comparar a porção em duas marcas distintas, é possível verificar se a mesma quantidade de calorias, por exemplo, refere-se a volumes distintos do alimento.

Outra dica das especialistas ao ler a tabela nutricional é dedicar mais atenção às quantidades e dar menos importância às porcentagens, já que são valores de referência baseados em uma dieta de 2.000 kcal por dia e não levam em consideração as necessidades de cada pessoa.

“Para verificar se um produto é realmente rico em fibras, opte por aqueles com mais de 3g de fibra alimentar por porção”, fala Adriana Yuki Sakurai, nutricionista do Instituto Butantan.

Ela afirma ainda que, de modo geral, produtos com mais de 3g de gordura saturada na porção devem ser evitados. As proteínas possuem função de construção e manutenção das células, tecidos e órgãos, além de dar uma maior sensação de saciedade. Desse modo, um iogurte com mais proteína, por exemplo, manterá sua fome sob controle por mais tempo.

A lista de ingredientes

Segundo Iara Lewinski, do Ganep Nutrição Humana “na hora de escolher entre alimentos, verifique a composição do produto. A ordem dos alimentos é decrescente, ou seja, em maior quantidade estão aqueles que aparecem primeiro na lista de ingredientes”.

Nem sempre, no entanto, os ingredientes aparecem com o mesmo nome que conhecemos. Açúcares podem vir descritos como sacarose, xarope de milho, xarope de glicose, frutose, glucose de milho, glicose, açúcar invertido, mel, melaço, melado, dextrose, maltodextrina, entre outros.

Produtos “light” e “diet” também precisam de atenção. Os primeiros apresentam teor de gordura reduzido, mas podem ter açúcar na composição, enquanto os alimentos com selo “diet” podem ser tão calóricos quanto os normais.

Outro ingrediente importante é o sal, que pode aparecer na embalagem como glutamato, ciclamato, caseinato, citrato e propionato, por exemplo. “O sódio em excesso leva a um aumento da retenção de líquido, fazendo de contenção dos vasos, desregulando hormônios, o que pode causar hipertensão”, diz Gomes.

A gordura trans, por sua vez, costuma ser chamada de gordura vegetal hidrogenada, ou simplesmente hidrogenada.

“Este tipo de gordura é extremamente prejudicial para a saúde, pois eleva o colesterol ‘ruim’ (LDL) e reduz o ‘bom’ (HDL), aumentando as chances de se desenvolver doenças cardiovasculares como o infarto, diabetes, AVC, entre entre outros”, afirma Sakurai, nutricionista do Instituto Butantan.

Para quem quer uma dica rápida para escolher os alimentos nas prateleiras do supermercado, a nutricionista do Butantan sintetiza: Aquele produto que tiver menos ingredientes, (por exemplo, nomes que remetem a um produto químico) e que não tenha o açúcar como primeiro ingrediente é um forte candidato para ser levado para casa.”

Fonte: www.uol.com.br

 

Brócolis e fibras: como alimentos ajudam no tratamento de diabetes

A dieta é fundamental para o controle de quem tem diabetes do tipo 2

No entanto, o cuidado não está apenas na redução da ingestão de açúcares, estudos mostram que a inclusão de certos alimentos tem resultado efetivo no tratamento no tratamento da doença. Entre os alimentos recomendados estão brócolis, couve, repolho e outros alimentos ricos em fibras.

Estudo recente publicado na revista Science Translation Medicine endossa essa tese, identificando no brócolis como um “remédio” efetivo no tratamento do diabetes do tipo 2.

A pesquisa, realizada com ratos e humanos, mostrou que o brócolis tem um composto (glucorofanina) que o corpo transforma em sulforafano, e esse antioxidante reduz a produção de glicose pelo fígado. A atuação desse composto seria semelhante à de um dos medicamentos mais usados no tratamento de diabetes, a metformina.

O mesmo composto químico pode ser encontrado em outros alimentos da mesma família, como a couve, a couve-flor, couve-de-bruxelas, repolho e folhas de mostarda, explica Maristela Strufaldi, nutricionista da Sociedade Brasileira de Diabetes.

O diabetes atinge 9 milhões de brasileiros, segundo Pesquisa Nacional de Saúde de 2015, com maior prevalência na população a partir dos 60 anos. E o tipo 2, relacionado à alimentação e obesidade, é o tipo mais comum.

Colocando no cardápio

A nutricionista Carolina Guerini, professora da Universidade Federal do Rio Grande Sul, estudou em seu doutorado os efeitos do sulforafano. Segundo ela, outros estudos já haviam apontado a eficácia do composto na prevenção do desenvolvimento de câncer, “especialmente de intestino”.

“Sabe-se que pessoas que comem um prato de sobremesa de brócolis de 3 a 4 vezes por semana têm uma prevalência mais baixa de doenças crônicas, como o câncer. E a quantidade de sulforafano contida neste pratinho é mais ou menos semelhante à do presente no estudo”.

No estudo mais recente, os cientistas norte-americanos utilizaram extrato de broto de brócolis em cápsula. “O brócolis cozido tem uma biodisponibilidade maior. Não precisa estar hipercozido, uma leve cocção já deixa ele no melhor ponto de absorção desse composto pelo nosso corpo”, diz Guerini.

A fritura, por outro lado, não é recomendada, já que alimentos antioxidantes são sensíveis a altas temperaturas e perdem suas propriedades.

Fibras para que te quero!

Alimentos ricos em fibras, como lentilha, grão-de-bico, aveia e frutas, também são importantes na prevenção e no tratamento do diabetes do tipo 2.

As fibras fazem com que haja a diminuição da absorção de gordura dos alimentos, ajudando o indivíduo a manter um peso saudável. Já no tratamento, de acordo com Guerini, “a fibra lentifica a absorção do carboidrato, fazendo com que com que a glicemia não se eleve tanto”.

Além disso, elas ajudam a regular a flora intestinal –e é no intestino que é transformada boa parte da glucorafanina em sulforafano, após a ingestão do alimento. De acordo com estudos, a ingestão diária de 30 a 35g de fibras pode reduzir a incidência de diabetes do tipo 2. Uma maçã de tamanho médio tem cerca de 4,5g de fibras, ao passo que uma porção de 100g de grão-de-bico contém, em média, 17g de fibras.

Alimentação saudável

Para a endocrinologista Silmara Leite, a descoberta corrobora a importância da alimentação no tratamento. “Podemos entender melhor agora porque os pacientes diabéticos que tinham uma alimentação balanceada com grande presença de crucíferas no cardápio tinham uma reposta superior àqueles que não tinham esses alimentos na dieta”.

De acordo com a IDF (Federação Internacional do Diabetes), um estilo de vida saudável pode prevenir em pode prevenir em até 70% o diabetes 2.

Strufaldi lembra que não basta incluir o brócolis no prato, é preciso seguir uma alimentação balanceada. O ideal é que a dieta seja rica em vegetais, legumes e frutas, castanhas e carnes brancas.

Fonte: www.uol.com.br

 

Cientistas desenvolvem método para diferenciar Alzheimer de outra demência

Método não invasivo de estimulação magnética do cérebro distinguiu as doenças com 90% de precisão

Cientistas da Universidade de Brescia (Itália) desenvolveram um novo método não invasivo para distinguir a doença de Alzheimer da demência frontotemporal (DFT), dois tipos de demência que têm sintomas que podem ser confundidos, mas cujos tratamentos são diferentes. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira, 26, na Neurology, revista científica da Academia Americana de Neurologia.

De acordo com a pesquisadora que liderou o estudo, Barbara Borroni, no passado acreditava-se que a DFT era uma doença rara, mas estudos mais recentes mostram que ela corresponde a até 15% dos casos de demência.

“O problema é que, por causa de sua vasta gama de sintomas, a DFT é frequentemente diagnosticada de forma errada como um problema psiquiátrico, Alzheimer ou Parkinson”, disse Barbara.

A doença em geral afeta mulheres a partir dos 50 anos e é caracterizada por uma mudança radical de comportamento e problemas de linguagem. De acordo com Barbara, como não há cura para DFT, é importante identificar a doença com precisão para que os médicos possam tratar os sintomas e evitar terapias desnecessárias – como os remédios inibidores da acetilcolinesterase, por exemplo, que são prescritos para doença de Alzheimer, mas não funcionam bem para DFT.

“Fazer o diagnóstico correto pode ser difícil. Os métodos atuais podem ser tomografias cerebrais muito caras, ou punções lombares invasivas, que envolvem a inserção de uma agulha na medula espinhal. Portanto, é animador que sejamos capazes de fazer o diagnóstico correto de maneira fácil e rápida, com um procedimento não invasivo”, disse Barbara.

A nova técnica, batizada de estimulação magnética transcraniana (EMT), consiste em colocar uma grande bobina eletromagnética no couro cabeludo. O aparelho gera correntes elétricas que estimulam as células nervosas.

Circuitos distintos

Para realizar a pesquisa, os cientistas conduziram um experimento envolvendo 79 pessoas com suspeita de Alzheimer, 61 pessoas com suspeita de DFT e 32 pessoas da mesma faixa etária que não apresentavam sinais de demência.

Utilizando o EMT, os cientistas conseguiram medir a capacidade do cérebro para conduzir sinais elétricos entre diferentes circuitos cerebrais. Eles descobriram que as pessoas com doença de Alzheimer tinham problemas especialmente em um tipo de circuito, enquanto os pacientes com DFT apresentavam problemas em outro tipo de circuito.

Com isso, os cientistas foram capazes de diferenciar a DFT da doença de Alzheimer com 90% de precisão. A precisão foi de 87% para a distinção entre Alzheimer e cérebros saudáveis e de 86% entre DFT e cérebros saudáveis. Segundo os autores do estudo, os resultados foram igualmente bons quando o teste foi feito apenas em pessoas com formas suaves da doença.

De acordo com Barbara, a precisão dos resultados na comparação entre os dois grupos de pacientes foi comparável à dos testes de tomografia por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês) e também à do método que utiliza fluido da medula espinhal por meio de punções lombares.

“Se nossos resultados puderem ser replicados em estudos maiores, será muito emocionante. Os médicos poderão logo ser capazes de diagnosticar a DFT de forma rápida e fácil com esse procedimento não invasivo. Essa doença infelizmente não pode ser curada, mas pode ser administrada – especialmente se for diagnosticada precocemente”, disse Barbara.

Fonte: www.estadao.com.br

O revés das dietas sem glúten

Cortar a proteína de pães e massas virou tendência no mundo todo. Mas novos estudos mostram que essa moda pode cobrar seu preço lá na frente

O remédio cerivastatina foi uma das medicações mais prescritas pelos cardiologistas no final dos anos 1990. Seu poder de baixar o colesterol e prevenir problemas cardíacos era indiscutível. Até que surgiram relatos de pessoas que tomaram esse tipo de estatina e tiveram rabdomiólise, uma destruição gravíssima dos músculos. Em pouco tempo, o comprimido foi banido do mercado e não se falou mais nele. Guardadas as devidas proporções, fenômeno similar começa a acontecer com a dieta sem glúten.

Após celebridades anunciarem que parar de ingerir a proteína do trigo, da cevada e do centeio era a fórmula certeira para emagrecer, o assunto ganhou as ruas e as redes sociais – o número de adeptos do regime glúten-free triplicou de 2009 para cá, de acordo com uma pesquisa da Escola Médica Rutgers New Jersey, nos Estados Unidos. Porém, passados alguns anos dessa febre toda, começam a pintar evidências de que eliminar pães e bolos sem motivo aparente ou orientação médica não é lá uma boa ideia – pelo contrário, a restrição está vinculada ao maior risco de problemas de saúde sérios.

A primeira prova do revés vem da americana Universidade Harvard. Foram analisadas informações de quase 200 mil indivíduos, acompanhados durante três décadas. Aqueles que consumiam pouco (ou nenhum) glúten por dia apresentavam um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Outro artigo, assinado por experts da Universidade Colúmbia, também nos Estados Unidos, não encontrou relação entre a ingestão da proteína e o aumento nas taxas de infarto e AVC. Na contramão, o consumo moderado das fontes de glúten estava ligado a uma menor probabilidade de encarar esses males. “Falamos de alimentos ricos em grãos integrais, que sabidamente conferem proteção cardiovascular”, diz o gastroenterologista e pesquisador Andrew Chan.

Mas de onde viria essa proteção? Ora, trigo, centeio e cevada carregam vitaminas e fibras, estas essenciais para manter o equilíbrio da microbiota, o conjunto de bactérias que vivem em nosso sistema digestivo. “Elas são alimento para esses micro-organismos e impedem a absorção excessiva de gorduras e açúcares”, explica a nutricionista Olga Amancio, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.

Assim, a ausência desse tipo de alimento no cardápio bagunçaria a flora intestinal e criaria condições para diabete, colesterol alto e outras encrencas prosperarem. Apesar desses indícios, convém deixar claro que os dois estudos não permitem determinar ainda uma relação de causa e efeito. “Precisamos confirmar esses achados com outras pesquisas”, admite a médica Rosana Radominski, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Fonte: www.abril.saude.com.br

 

ANS coloca em consulta pública resolução para aprimorar portabilidade de carências

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai atualizar a norma que estabelece as regras para que o beneficiário de plano de saúde possa trocar de operadora sem cumprir novo período de carência. O tema está sendo colocado em consulta pública a partir de hoje (03/08) para que toda a sociedade possa participar da discussão e contribuir com sugestões. Com as mudanças, a reguladora busca oferecer ao consumidor maior mobilidade no mercado, aumentando as possibilidades de escolha do plano de saúde, e incentivar a concorrência no setor.

Uma das principais alterações propostas é o fim da chamada “janela”, período que o beneficiário tem para fazer a portabilidade – atualmente o interessado deve solicitar a troca no período de 120 dias contados a partir do 1º dia do mês de aniversário do contrato. Esse critério impede que beneficiários que não estão sendo adequadamente assistidos pela operadora deixem imediatamente o plano. Com a nova regra, a troca de plano poderá ser feita a qualquer tempo após o cumprimento do prazo de permanência.

A norma que está sendo proposta também amplia a portabilidade para beneficiários de planos coletivos empresariais, modalidade que contempla, atualmente, 66,4% dos beneficiários de planos médico-hospitalares, ou seja, cerca de 31,5 milhões de pessoas. Pelas normas em vigor, apenas beneficiários de planos individuais ou familiares e coletivos por adesão podem fazer portabilidade.

“Essa proposta de normativa vem sendo construída a partir de diversas reuniões realizadas pela ANS no âmbito do Comitê de Regulação da Estrutura de Produtos, que reúne representantes de operadoras, prestadores e órgãos de defesa do consumidor. Ela foi aprimorada levando-se em conta principalmente as necessidades dos beneficiários de planos de saúde e representa um importante avanço no processo regulatório, garantindo mais qualidade para o setor”, avalia Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos (Dipro) da ANS.

Outra importante medida prevista é a substituição da compatibilidade por tipo de cobertura pela exigência de carências para as coberturas não previstas. “A compatibilidade por tipo de cobertura restringe o acesso de muitos beneficiários que não encontram planos compatíveis nesse critério, pois há uma grande concentração de planos classificados em internação com obstetrícia e pouca oferta de planos de internação sem obstetrícia ou sem internação. Já o fim da janela permite que o beneficiário possa escolher, a qualquer tempo, o plano em função da qualidade, o que aumenta a concorrência”, explica a diretora.

A portabilidade de carências foi instituída pela Resolução Normativa nº 186/2009. Inicialmente, era permitida apenas para beneficiários de planos de contratação individual ou familiar. Posteriormente, com a publicação da RN nº 252/2011, o benefício foi estendido também aos beneficiários de planos coletivos por adesão e criou-se a portabilidade especial de carências para situações especiais, em que a mudança de plano ou de operadora é ocasionada por motivos alheios à vontade do beneficiário.

Todos os materiais relacionados à consulta pública nº 63 estão disponíveis no site da ANS (confira aqui). As contribuições deverão ser enviadas no período de 10/08 a 11/09 pelo próprio site da reguladora.

Confira as propostas para alteração da Resolução Normativa nº 186

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: www.ans.gov.br

Médicos do Brasil são os que mais pedem exames, revela ANS

O fenômeno traz riscos aos pacientes, como a exposição frequente a radiações comuns em exames de imagem

Os médicos de planos de saúde brasileiros já pedem mais exames de tomografia e ressonância do que profissionais de países desenvolvidos, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável pela regulação e controle dos planos de saúde.

O número desses procedimentos por pacientes de convênios médicos no Brasil cresceu 22% em apenas dois anos, o que, segundo a ANS e especialistas, indica que muitas solicitações podem estar sendo feitas indevidamente.

Entre as principais razões para a realização excessiva dos procedimentos estão falhas na formação médica, interesses financeiros de hospitais e laboratórios e má remuneração por parte das operadoras aos prestadores de serviço.

O fenômeno, além de aumentar o desperdício de recursos no sistema privado, ainda traz riscos aos pacientes, como a exposição frequente a radiações comuns em exames de imagem.

A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são usadas como referência pelos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para avaliar o acesso aos recursos de saúde na área de tecnologia médica.

Elevado

Enquanto nessas 35 nações – incluindo algumas das mais desenvolvidas do mundo, como Alemanha, França e Estados Unidos –, a média anual de ressonâncias é de 52 por 1 mil habitantes, no sistema suplementar brasileiro o índice foi de 149 por 1 mil beneficiários em 2016.

Segundo o estudo da ANS, a média de tomografias realizadas também é superior nos planos de saúde do Brasil em 2016 em comparação com países ricos: 120 exames por 1 mil habitantes nas nações da OCDE ante 149 por 1 mil beneficiários dos convênios médicos brasileiros.

Considerando os números absolutos, o número de ressonâncias feitas por pacientes de convênios passou de 5,7 milhões em 2014 para 7 milhões em 2016, alta de 22%. Já o de tomografias passou de 5,9 milhões para 7 milhões no mesmo período, crescimento de 18%.

Ao todo foram realizados no ano passado 796,7 milhões de exames complementares por beneficiários de planos de saúde no Brasil. Entre 2014 e 2016, verificou-se um aumento de 12% no número de exames, segundo o Mapa Assistencial da Saúde Suplementar da ANS.

Médicos do Brasil são os que mais pedem exame

O excesso de procedimentos e exames, sem diretrizes clínicas que discutam a sua eficácia, não se traduz em resultado de saúde, pondera Karla Santa Cruz Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS.

Ela acrescenta que é preciso ter evidência clínica para se pedir tantos exames. Se o paciente, por exemplo, tem a necessidade de emagrecer, é preciso checar se há doenças que causem o sobrepeso ou se há outras formas de emagrecer. “São necessárias outras avaliações, pois só o exame não resolve”, diz.

Este excesso de exames, segundo a diretora, representa um desperdício que põe em risco a sustentabilidade das operadoras. Em função disso, grupos de estudos já foram criados para identificar novos modelos de remuneração dos profissionais. “Enquanto os prestadores de serviço, como hospitais e laboratórios, forem pagos por procedimento e não por qualidade, o número de exames será infinito”, diz ela.

Uma das propostas é que os pagamentos fossem feitos com foco nos resultados em saúde e na prevenção de doenças. Atualmente a remuneração dos prestadores é feita por procedimentos realizados e por internações.

Mais de 40 exames antes de consulta

Para agendar a primeira consulta, ele foi informado que antes precisaria fazer alguns exames. E para surpresa dele, a lista era longa: 42 tipos de exames. “No laboratório foi necessário retirar 11 tubos de sangue”, conta o paciente, de 20 anos, a quem foi dada a explicação de que a antecipação dos procedimentos era para agilizar o tratamento.

Só após ter os resultados em mãos ele teve acesso à primeira consulta, para que o profissional médico pudesse avaliar o seu caso: o paciente, cujo nome, assim como os demais, está sendo preservado a pedido, queria emagrecer. “O médico explicou e que era importante ver todas as taxas juntas, já que isoladas elas poderiam apresentar um outro cenário”.

Durante o tratamento, este paciente teve que repetir os mesmos exames. “Para acompanhamento”, relata. Já está na terceira coleta, feita a cada três meses. Desde janeiro, realizou 126 exames.

E este não foi o único caso. A uma outra paciente, que também pretende emagrecer, foram solicitados cerca de 25 exames: “Cheguei na consulta e a médica informou que só poderia me prescrever uma dieta após os exames”.

A um terceiro, foi pedido mais de 30. “Fiquei surpreso. Isto nunca tinha me acontecido”, relatou o jovem. No caso dele, a operadora do plano de saúde recusou pelo menos 30% dos pedidos. “Acabei desistindo e procurando outros profissionais”, contou.

Sem motivo

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Carlos Magno Pretti Dalapícola, não há justificativa clínica para a realização de tantos exames, muitos menos com uma frequência tão curta. “Não é necessário. É uma expoliação do sangue do paciente. Isto só é feito quando há alguma doença que precise de acompanhamento, mas com um intervalo maior”, pondera.

O endocrinologista Albermar Harrigan avalia que o que ocorre é um “modismo”, com vários profissionais criando situações e supervalorizando exames em detrimento de uma avaliação clínica. “E o que é pior, em muitos casos os exames são pedidos sem que o médico nem mesmo veja, avalie, converse com o paciente. Exame é um detalhe a mais, não o diagnóstico, que é fechado com história clínica e o exame físico”, assinala.

Harrigan lembra de um paciente que o procurou com uma lista de 61 exames pedidos por um outro profissional e que foram recusados pela operadora de plano de saúde. “Queria que eu fizesse a justificação para que eles fossem autorizados, não aceitei”, relata.

Com 50 anos de profissão, o nefrologista Michel Silvestre Zouain Assbu garante que nada supera a conversa e a avaliação clínica do paciente. “Nada substitui a relação entre o médico e o paciente, o exame físico, a avaliação. Muitos resultados de exames laboratoriais podem até atrapalhar”, pondera.

Ele relata que há profissionais que pedem muitos exames e não sabem nem interpretar os resultados. “Acabam encaminhando o paciente para outros profissionais. E preciso ter cuidado. Sem contar os gastos desnecessários”, observa.

Conselho Regional de Medicina critica exagero 

Insegurança, judicialização da medicina – com vários médicos sendo acusados na Justiça – e até para auferir ganhos com exames auto gerados estão entre os motivos que levam os profissionais médicos a pedirem exames em excesso, relata o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Carlos Magno Pretti Dalapícola.

Mas apesar da constatação até pelos dados da Associação Nacional de Saúde suplementar (ANS), não há nenhuma reclamação registrada no Conselho sobre o assunto. “Se recebermos ela será investigada, com certeza”, diz Carlos Magno.

O excesso de exames, pondera ele, pode trazer riscos para os paciente, como uma perfuração da veia, uma trombose. “Uma complicação desnecessária”, pontua.

Ele reforça que, assim como os exames laboratoriais, não há motivos clínicos justificáveis para se pedir tomografias e ressonâncias em espaços tão curtos, entre três a quatro meses. “Há patologias e queixas que precisam de uma investigação, pedem uma avaliação mais ampla. Mas não são todos os casos e nem no volume que temos visto”, assinala, acrescentando: “Muitos querem emagrecer por exame, mas isto não é indicado. E está virando um modismo”.

Outro ponto importante nesta discussão, destaca Carlos Magno, é que 30% dos exames realizados no Brasil ficam esquecidos. “Muitos tem o gasto, pagam e não voltam para buscar o resultado do exame”, relata.

Fonte: www.gazetaonline.com.br

 

 

O poder dos alimentos termogênicos

Alimentos que prometem acelerar o metabolismo e potencializar a perda de peso

Hoje se fala muito de alimentos que prometem acelerar o metabolismo e potencializar a perda de peso, os chamados termogênicos. Os principais alimentos difundidos como termogênicos são os chás, o café, a canela, o gengibre, a pimenta e o óleo de coco, porém ainda não existem muitos estudos que apontem exatamente como eles funcionem, a dose exata necessária para trazer algum benefício à saúde e a melhor forma de serem consumidos. Ainda assim, são alimentos que trazem certos benefícios ao organismo, auxiliando de alguma maneira na perda de peso. Esses alimentos podem fazer parte da alimentação da maioria das pessoas sem restrição, mas a principal recomendação é que não se faça uso de suplementos sem orientação de um médico ou nutricionista, já que o que funciona para uma pessoa, não necessariamente funcionará para você.

Chá verde – possui muitos compostos bioativos, ou seja, que trazem benefícios ao corpo humano, entre eles substâncias com ação antioxidante, anti-inflamatória e termogênica. Ele possui substâncias chamadas polifenóis que auxiliam na redução da absorção de gordura e no envio de sinais de saciedade, o que auxiliaria no processo de perda de peso. Alguns compostos, porém, podem prejudicar a absorção de certos nutrientes provenientes da alimentação, então o seu consumo deve ser feito longe do almoço e jantar.

Chá de hibisco – na verdade, o chá de hibisco não possui ação termogênica, como algumas pessoas acreditam. Por ter um alto poder diurético, ele faz com que a retenção de líquidos no organismo seja reduzida, o que dá a sensação de diminuição de inchaço, o que é diferente de perda de peso. Além disso, possui compostos antioxidantes, que contribuem para a prevenção do envelhecimento precoce e de doenças cardiovasculares.

Café – possui cafeína, substância que é altamente estimulante. Por isso, é associado a uma maior disposição para a prática de atividades físicas. Porém deve ser consumido com cuidado, principalmente por pessoas com problemas de pressão ou cardíacos.

Canela, gengibre e pimenta – são associadas a um aumento da temperatura corporal, o que aceleraria o metabolismo e significaria que têm um efeito termogênico.

Óleo de coco – amplamente divulgado como auxiliar na perda de peso, até hoje nenhum estudo apontou se realmente esse benefício é real. Recentemente, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia lançou um posicionamento contra o uso de óleo de coco com função de emagrecimento, já que, além dos poucos estudos realizados, o óleo de coco possui gorduras saturadas em quantidades elevadas, o que pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Fonte: www.segs.com.br